Mesmo reconhecendo a participação no crime, o Tribunal do Júri absolveu Maria de Lourdes dos Santos e condenou seu filho, João dos Santos Neto, por homicídio ocorrido na madrugada do dia 30 de outubro de 2012, onde Valdir Vazoller foi assassinado com três tiros na cabeça, quando dormia em sua residência, no bairro Gilson Carone. João dos Santos foi recolhido à prisão logo após receber a sentença de 18 anos. O crime foi praticado na presença das filhas menores de Lourdes, o que pesou para aumentar a pena, que é de 12 a 30 anos.
Esses são os últimos réus envolvidos no delito, que ocorreu em 2012 e somente agora veio a julgamento popular, em 24 de setembro de 2024.
A motivação está relacionada a interesse no patrimônio da vítima, que possui imóveis e valores em espécie, tendo fama de prática de agiotagem.
No mesmo julgamento, foi absolvido também Jhonatas Bonandi Cipriano. Na denúncia, acusado de participação no crime por ter emprestado a motocicleta utilizada na prática do delito.
Outros dois réus foram julgados por este mesmo crime, Pablo Vailant do Nascimento, que executou a vítima, cumpre pena de 16 anos de reclusão, crime hediondo e Maicon Leopoldino Muniz, que havia emprestado a arma, levou 7 anos de reclusão.
O Ministério Público, representado pelo promotor Lucas La Roca e o advogado Luciano Cortez, que atuou no processo como assistente de acusação, entraram recurso para tentar reverter a decisão que reconheceu que Maria de Lourdes participou do crime, mas optou por absolvê-la na quesitação genérica/clemência – A decisão contraria a prova dos autos e é uma incoerência, pois se os jurados admitiram participação da ré no crime, a consequência é a condenação e não a absolvição, disse Cortez.
Na defesa de Maria de Lourdes e João dos Santos Neto, atutou Antônio Marciano Dias Santiago e na defesa de Jhonata Cipriano, Cristiano Machado Ferreira.
Fonte: Folha do ES