Mulheres denunciam na polícia o cirurgião plástico Renato Harckbart

No último dia 17 de Junho quatro mulheres foram pessoalmente à Delegacia de Cachoeiro-ES registrar BO contra o médico por supostos crimes de lesões graves . Outras decidiram fazer o mesmo procedimento via online.

Pelo menos quatro ex-pacientes do cirurgião plástico Renato Harckart foram na noite do último dia 17 de Junho, na Delegacia de Cachoeiro de Itapemirim-ES, fazer boletim de ocorrência (BO) contra o médico. Elas o acusam de provocar lesões graves em seus corpos. Segundo elas, que preferiram não se identificar com medo de represálias ou retaliações por conta da repercussão das denuncias, outras mulheres iriam fazer a mesma ocorrência via o serviço online da Polícia Civil.

O cirurgião vem tentando censura a FOLHA DO ES via justiça para que os casos de mutilações não venho a público. Contudo, a Justiça determinou apenas que não houvesse conteúdo de crime contra a honra. Qualquer decisão em desfavor da Liberdade de Imprensa ou de Expressão, o jornal vai recorrer por se tratar de informação de interesse público.

Imagens fortes na matéria. Renato Harckbart é cirurgião plástico em Cachoeiro de Itapemirim e responde a processo por erro médico. Uma paciente morreu um dia após pedir ajuda a ele, após relatar dores, mal estar e problemas depois da cirurgia.

O jornal foi procurado para repercutir inúmeros casos de mutilação, necrose e erros do cirurgião plástico Renato Harckbart. São mulheres que se tornaram vítimas de um mau profissional. O desejo de melhorar a estética e a auto estima se tornou um pesadelo pessoal, um caso de polícia e de justiça.

Prints, áudios e fotos enviados ao jornal mostram que o médico foi procurado por várias pacientes com problemas graves após o ato cirúrgico, mas não reconhece seus erros e nem a gravidade das sequelas. Ele reage às reclamações sem profissionalismo, ora de forma jocosa, ora com xingamentos (palavras de baixo calão), ora de forma indiferente.  

O primeiro relato é de uma mulher casada e mãe de dois filhos que buscou os serviços do médico para melhorar sua auto estima. Ocorre que após o ato cirúrgico a paciente começou a desenvolver necrose (apodrecimento de tecidos) como consequência da cirurgia.


A paciente buscou o médico por diversas vezes e ele subestimava o quadro gravíssimo que se desenvolvia, muitas vezes culpando a paciente pelos danos que claramente foram causadas pela sua falta de capacidade, negligência e imperícia.

A fonte informou que o médico fez raspagem no local das feridas sem anestesia, causando muita dor na paciente enquanto esse ordenava à paciente que “parasse de chorar”.

Ela teve que fazer 30 sessões de hiperbárica para que a necrose não evoluísse, se vendo obrigada a ir para a capital Vitória-ES. Ficou dias longe de seus filhos, em uma cidade que não lhe era familiar, pois reside e permanece maior parte do tempo em Cachoeiro de Itapemirim. Assustada e vendo sua barriga apodrecer por necrose, sem retorno satisfatório do cirurgião Renato HarckBart, a paciente procurou um pronto socorro com medo de vir a falecer.

No PA recebeu um diagnóstico por escrito direcionado ao médico, onde se registra a evolução da necrose e o quadro crítico da paciente. Assim que esse laudo chegou ao médico Renato Harckbart, a fonte informou que ele respondeu com ironia e risadas, afirmando que não era mentiroso e que a paciente não tinha nada de necrose e muito menos infecção.

Outra paciente do cirurgião plástico Renato Hackbart veio a óbito após enviar áudio a ele com pedido de ajuda um dia antes de morrer. A paciente informou que estava passando mal, queixando-se de dor, dificuldade de respirar e dor no pulmão, mas o médico alega que sequer visualizou. Posteriormente, Renato Harckbart informou que não visualizou a mensagem porque estava dando uma social em casa com direito a churrasco, enquanto sua paciente estava morrendo esperando sua resposta.

O jornal reúne abaixo fotos das mutilações, erros médicos e necroses de pacientes do cirurgião plástico Renato HarckBart (imagens fortes):